Teu silêncio violenta o ar, tão acostumado estava aos teus risos e a tuas histórias.
Uma estranha névoa paira em teus olhos.
A branca Lua fita teus lábios e se surpreende em encontrá-los mudos.
Espantada encontro-me com a tristeza rara que espelha teu corpo.
Recusaste o vinho. Evitas falar, permanecendo num mutismo inquietante.
Tola, tola que sou! Mal me apercebi que teu olhar ansioso mira a estrada escura e parece entretido com algum ponto obscuro que nela te chama a atenção.
Sinto-me exangue ao deparar com a verdade que se desnuda à minha compreensão. Entristecida, reconheço a tua liberdade e para que te impedir?
Tem-se algum prazer em ver cantar um pássaro engaiolado?
Em silêncio, procuras meus olhos e quando neles vês o entendimento sem mágoa, me devolves um olhar manso, de calado companheirismo.
Ao nascer do sol, um cavalo descansado estará à tua espera
E nos despediremos, sem palavras, apenas com um aceno.
Tudo será breve, para que não teimem em aflorar sentimentos impróprios.
Deles não necessitamos, porque grande distância ou saudade muita não serão suficientes para diluir o que vivemos.
Junto com os pensamentos, leva um beijo meu e guarda-o enquanto doce parecer aos teus lábios!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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