Entendes, como me é cara a liberdade de cansar os pés, em trilhas desconhecidas, sobre o pó que é o meu eterno companheiro?
Ah, como podes entender a febre contínua que me toma o espírito e me obriga a andar sobre este solo?
Pudesse ter mil ungüentos e milhares de oferendas para acalmar a tua dor!
Daria parte de minha própria paz para não ver esta mágoa que espelha teu pálido rosto…
Mas que faço? Não fui feito para sonos acomodados sobre esteiras aquecidas!
Entendes que ao mundo pertenço e que ele, somente ele, pode me dar a seiva farta para continuar vivendo?
Imploro-te, doce criatura, esquece este poeta, desvairado e inconstante, que não almeja outra coisa senão andar pelos destinos inconcebíveis desta terra imensa…
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário